A importância da convivência das crianças com outras crianças é de sabida importância por familiares e por profissionais da educação porque desenvolve a autonomia relacional, além de proporcionar o aumento de repertório em situações de resolução de conflitos.
Na relação entre uma criança e um adulto há sempre uma verticalidade pois a criança depende e precisa do adulto. Quando uma criança diante de um adulto é contrariada, o adulto tende a ser aquele que coloca limites e define o encaminhamento do conflito de acordo com sua experiência e ponto de vista. Diante de uma situação como essa, muitas vezes a criança não tem a oportunidade, ou não consegue construir seus argumentos nem apresentar soluções para o problema em questão.
Quando a criança está entre seus pares, precisa construir e explicar seus argumentos para defender seus interesses e conseguir ouvir os interesses do outro para que o conflito seja resolvido ou transformado. Essas situações acarretam no amadurecimento pessoal e cognitivo da criança e do adolescente.
Apesar de respeitável a autonomia na resolução dos conflitos, é importante também poder contar com um adulto para segurança e ajudar quando necessário. O adulto por sua vez, precisa da sensibilidade para saber quando sua interferência é realmente necessária, e, quando for deve ter o melindre em mediar o conflito com o cuidado sem tender para um dos lados mesmo quando houver laços familiares e afetivos envolvidos.
É importante sempre lembrarmos que cada família tem uma rotina e costumes que muitas vezes se diferenciam umas das outras, aprender a conviver com as diferenças é importante porque além de aumentar o repertório pessoal, desenvolve a tolerância e a empatia, permitindo assim se colocar no lugar do outro.
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