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Foto do escritorCarolina Akerman

O desenho infantil



O desenho infantil é um tema bastante abordado na literatura e de interesse de familiares e educadores. Desenhar é uma atividade do imaginário na qual pensamento e sentimento se manifestam juntos, é uma forma de linguagem que, assim como a escrita e a fala e comunica algo. O desenho possibilita que a criança crie um universo particular de expressão e elaboração de múltiplos sentidos.

O desenvolvimento do desenho caminha junto com os avanços psicomotores e também com os progressos na linguagem escrita. Em um primeiro momento, para as crianças menores, o desenho é uma experiência corporal, que se relaciona também no encanto em deixar uma marca. Se observarmos uma criança pequena desenhando: o corpo inteiro funciona e a criança sente prazer nesse gesto que geralmente resulta em garatujas.

Se por um lado os desenhos infantis são desvalorizados pelos adultos por "carecer de sentido", por outro são interpretados erroneamente. É necessário cuidado na leitura das produções infantis já que comunicam algo. Quanto mais a criança avança na idade, mais tempo conseguirá se dedicar a atividade de desenhar.

O ato de desenhar desenvolve e desperta a criatividade e pode ser proposto em variadas possibilidades. Além do papel os desenhos efêmeros são igualmente interessantes interessantes: com água na parede, na areia, com pedras sobre o chão e em inúmeras outras possibilidades.

Ao ampliar o repertório artístico da criança, a consciência criativa se expandirá e novas possibilidades de desenho surgirão. Para ampliar o repertório visitas a museus, exposições e bibliotecas são explorações interessantes.

Deixo aqui algumas sugestões de atividades direcionadas de desenhos, que podem ser realizadas por crianças (e adultos) de várias idades. As férias estão chegando e desenhar é uma boa alternativa às polêmicas tecnologias contemporâneas.

Desenho de observação: escolha junto com a criança um objeto de casa, posicione e a ideia é que o objeto seja desenhado em diferentes ângulos.

Desenho de memória: ir a um parque ou a um museu, observar atentamente algo e desenhar o mais detalhadamente possível.

Desenho de continuação: escolher uma imagem em revistas ou na internet, cortar a metade e desenhar o restante.

Descrever uma obra de arte para que a criança desenhe.

Essa e outras sugestões de atividades com outras linguagens artística além do desenho podem ser encontradas no livro da Ana Tatit e Maria Silvia Machado: 300 propostas de artes visuais, da editora Loyola.


Referências:

BORO BUENO, A. Olhos que pintam: a leitura da imagem e o ensino da arte. Editora Cortez. São Paulo, 2002.

DERDYK, E.Formas de pensar o desenho, o desenvolvimento do grafismos infantil. Editora Scipione. São Paulo, 1994.

FLORENCE,M. O desenho Infantil. Editora Cultrix. São Paulo, 2012.

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