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A psicogênse da linguagem escrita

Por: Carolina Akerman

O processo de aquisição das competências de escrita e leitura em uma concepção tradicional, que é o como eu, meus pais e avós fomos alfabetizados consiste na utilização de cartilhas, o que (bem resumidamente) tem como preocupação primordial que os estudantes aprendam o desenho das letras e que prontamente saibam associar duas letras para formar um som, e a posteriormente as palavras. Surgiram no entanto, novas abordagens para a aquisição da prática leitora e escrita, contextualizadas pela psicóloga argentina Emília Ferreiro. Sua teoria elaborada juntamente com Ana Teberosky foi organizada por meio de pesquisas desenvolvidas na Argentina e no México, tendo como maior motivação os altos índices de fracasso escolar apresentado não só por esses países como também por outros no continente americano.O estudo teve como referência teórica a psicologia de Jean Piaget, e na prática as pesquisadoras entraram em contato com estudantes de várias partes do continente. Diante do aporte prático e teórico Emília e Ana mostraram como a criança constrói diferentes hipóteses sobre o sistema de escrita, antes mesmo de chegar a compreender o sistema alfabético. A Psicogênese da Língua Escrita, como foi intitulada a teoria construída pelas pesquisadoras, apresenta um suporte teórico construtivista, no qual o conhecimento aparece como algo a ser produzido pelo indivíduo, que passa a ser visto como sujeito e não como objeto do processo de aprendizagem. (No modelo tradicional a aprendizagem da leitura e da escrita é realizada de forma mais mecânica: aquisição de técnica para decifrar o texto; resposta sonora a estímulos gráficos, um processo mais técnico e menos reflexivo). Na prática, ao invés dos estudantes serem incentivados a juntar letras para formar sons (sílabas) e depois palavras, serão desafiados a criar suas próprias hipóteses acerca do sistema de escrita. As hipóteses serão elaboradas a partir do uso social da escrita que para cada estudante será peculiar, por ser influenciado por suas preferências pessoais. Hipóteses essas que serão questionadas pelo educador para que o estudante possa avançar em seu caminho que será traçado por seus esquemas mentais e sua subjetividade (experiência de vida, concepção biológica e social…).


Fontes de consulta e Para saber mais:

  1. CURTO, Lluís Maruny; MORILLO, Maribel M. & TEIXIDÓ, Manuel M. Escrever e ler - Volume I e II. Porto Alegre: Editora Artmed, 2000.

  2. FERREIRO,Emília. Reflexões sobre alfabetização. São Paulo: Editora Cortez,1985.

  3. FERREIRO, Emília & TEBEROSKY, Ana. A psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Artmed, 1999.

  4. LERNER,Delia. Ler e escrever na escola. O real, o possível e o necessário. Porto Alegre. Artmed.




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